"Pulmão verde" de Joinville ainda resiste
O morro do Boa Vista, um dos principais pulmões verdes de Joinville, começa a sofrer com a especulação imobiliária. Mesmo com legislação proibindo sua ocupação acima dos 40 metros, ecologistas e moradores do local estão preocupados com a possível ocupação da área. Encrustrado no centro de Joinville, o morro é referência para quem chega. Nas primeiras incursões dos colonizadores alemães, um dos primeiros pontos avistados a partir da baía da Babitonga era o morro do Boa Vista. A imponência do morro fez com que nele se localizasse um dos pontos turísticos mais procurados - e nem tão conservado - da cidade: o mirante. O morro chegou a ser batizado pejorativamente como "paliteiro", pelo grande número de antenas de rádios e televisões que tomaram o local com a anuência do poder público.
Segundo ambientalistas, o morro do Boa Vista é uma área verde de grande importância para a cidade, funcionando como uma espécie de filtro da poluição industrial. Além disso, o morro tem inúmeras nascentes que abastecem cerca de cinco mil famílias e contribui para amenizar o micro-clima da região. A degradação do local, na opinião dos órgãos ambientais da região, também pode reverter num aumento do assoreamento do leito do rio Cachoeira que corta o centro de Joinville.
Os ambientalistas estão preocupados com a exploração e a ocupação irregular da área verde que, por causa da degradação, pode desaparecer do mapa em menos de uma década. Dados da organização não-governamental Vida Verde revelam que 30% dos oito quilômetros do morro já foram degradados, principalmente nas imediações da rua Helmut Fallgatter, uma das regiões próximas à baía da Babitonga.
Os ambientalistas estão preocupados com a exploração e a ocupação irregular da área verde que, por causa da degradação, pode desaparecer do mapa em menos de uma década. Dados da organização não-governamental Vida Verde revelam que 30% dos oito quilômetros do morro já foram degradados, principalmente nas imediações da rua Helmut Fallgatter, uma das regiões próximas à baía da Babitonga.
Extinção da biodiversidade
Atualmente, a biodiversidade é típica dos processos dinâmicos de recomposição natural das florestas tropicais. Os ambientalistas temem que a área verde acabe antes mesmo de voltar "ao ponto máximo do desenvolvimento da floresta". Um dos maiores problemas, além da caça clandestina que ainda ocorre na região, é a retirada do palmito Euterpe edulis, espécie ameaçada de extinção que exerce importante papel na alimentação de pássaros e no combate à erosão do solo.

No ano passado, um projeto de lei da prefeitura também propôs a retomada da urbanização dos morros, especialmente o do Boa Vista, onde existe um grande interesse imobiliário. Levado para a Câmara de Vereadores, o documento continua engavetado porque a Prefeitura não tem verbas para a realização de um diagnóstico geral da área, com demarcação de seus recursos naturais, interações com a cidade e os impactos que um loteamento pode causar na região. O projeto é cobrado por proprietários que, impossibilitados de explorar o local, cobram indenizações do município. Na opinião dos vereadores que atuaram na comissão de Legislação e Justiça da Câmara de Vereadores, os proprietários têm direito a indenização.
Fonte: FUNDEMA/PMJ. Unidades de conservação.
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